terça-feira, 12 de março de 2013

VIAGEM POR UM REINO FABULOSO




VIAGEM POR UM REINO FABULOSO 

por
Adriano Soares

Miríades em constantes vibrações manifestam-se em escalas que vão alem da mera percepção humana; tais Seres de natureza e formas diversas compoem um meio ao qual também estamos inseridos. Alguns assemelham-se a manchas de variadas cores, vórtices de luz colorida em sentidos e movimentos diversos, outros lembram uma amálgama entre animais e insetos de várias espécies, ou até mesmo com aspectos humanóides animalescos, aludindo assim à ideia de quimera imaginada dentre aqueles que conhecem os mitos alquímicos. Podemos ver também nesse meio, seres que fogem a uma mensuração alegórica, e outros que lembram nossos vivos que se foram, e que segundo alguns identificam-se como remanescentes da vida terrestre ou de outros planos de existência, que estão habitando o que para muitos é visto como o além-mundo. 

Curiosa região, onde os objetos ou lugares que ali se encontram não são meramente contidos em suas aparentes três dimensões espaciais, ou até mesmo além das possibilidades expostas por renomados cientistas (dentre os pressupostos defendidos pelo Sr. Michio Kaku e sua teoria de campos de corda), sim, os objetos, seres e sentimentos que encontramos nesse reino são envoltos em uma luminosidade viva, saborosa e de cores fortes, e até quase indescritível devido à complexidade de expormos o sentir simbólico e arquetípico por meio de palavras. Lugar anacrônico, que em certos níves nos colocam em vias de acesso ao estado de atemporalidade, onde os vivos de outrora se encontram com os vivos de hoje e do amanhã, ou mesmo em tal meio trava-se contado com o que já não mais existe, que continua a existir. Nesse local identificamos as muitas casas das ideias coletivas, sustentadas pelo amor ou mesmo pelo ódio, de todos que em corpo se fazem uma única intenção autônoma, chamada pelo antigos de Egrégoro(a), os santuários potencializados de muitos que se revestem de suas influências para forjar armaduras de resistência aos eflúvios da turba primitiva e voraz da essência vivificante e caótica deste plano. 

Tal reino é o antro do Dragão Cachorro que auxilia aos buscadores desejosos a fazer com que o Leão devore o Sol; local misterioso, terreno de atuação dos que levam os títulos de Mestres, Demônios, Gênios, Anjos, Elementais e Encantados. Um complexo assustador e fascinante, que nos permeia sem que tenhamos noção por parte de nossos sentidos objetivos e limitados. 

"Essas diferentes regiões da natureza não estão, pois, em caso algum, separadas no espaço, mas existem em redor e perto de nós, de tal forma que, para vê-las ou estudá-las, não precisamos, absolutamente, deslocarmo-nos no espaço; basta-nos despertar nossos sentidos para percebê-las." - Charles W. Leadbeater - O Homem Visível e Invisível;

Aqueles cuja capacidade aflorada projetam-se em estado consciente por tal reino, principalmente os que não se encontram apoiados pela LVX da “Sabedoria”, da “Força” e da “Beleza” correm o risco, pela exposição, de serem reconhecidos pelos habitantes naturais desse plano, que por sua vez, se inclinarão ao ímpeto instintivo de suas naturezas a se impelirem sobre o viajante, e dele usufruir por mérito explorativo ou barganha dos tesouros almejados que alimentam suas primitivas e também magnânimas formas de atuação e existência. Antes, é recomendado ao viajante que se revista com sua armadura ou traje de proteção para tamanha e imprevisível aventura, para que com isso não venha a atrelar ao seu constituinte anímico miasmas vampíricos ou semelhantes. 

Por enquanto, para finalizar, eis o que os mestres simbólicos de outrora concluíram sobre a essência que constitui esse misterioso plano: 

“Eis o Agente supremo das obras de magnetismo e de Teurgia, sendo ser multiforme personificado pela serpente da bíblia.”Stanislas de Guaita- No Umbral dos Mistérios; 


“O grande perigo do manejo da Luz Astral é que o princípio inteligente que habita o centro dessa força é um ser de origem divina, porém revoltado contra seu centro de criação.” ... 

“Não estando acobertado por uma proteção vinda do centro verbal, sereis rapidamente arrastados pela força setenária, e como aconteceu outrora com nosso principio comum, Adão, vossa imaginação vos fará crer que a vontade é mais forte do que as forças divinas, sereis mergulhados nas trevas da magia e da inversão espiritual.” Papus – Abc do Ocultismo, Quinta Parte, As forças invisíveis da Natureza, Pág. 323, 3º Parágrafo em diante; 


Tem havido uma infinita confusão de nomes para expressar uma única e mesma coisa. O cão dos antigos, o sagrado fogo de Zoroastro,...o fogo de Hermes...o Ptah egípcio, ou Ra,...as línguas de fogo pentecostais; a sarça ardente de Moisés; os vapores do oráculo de Delfus; a luz sideral dos Rosa-Cruzes; o AKASHA dos adeptos hindus, a Luz Astral de Eliphas Levi...são apenas nomes diversos para inúmeras manifestações diferentes, ou efeitos da mesma misteriosa causa que tudo penetra.” Helana P. Blavatsky – Isis sem Véu, Volume I – Ciência, Cap. V, o Éter ou Luz Astral, pág. 202; 


Os antigos chamavam-no Caos; Platão e os pitagóricos designaram-no como a Alma do Mundo.”Helana P. Blavatsky – Isis sem Véu, Volume I – Ciência, Cap. V, o Éter ou Luz Astral, pág. 205; 


A Luz Astral é o sedutor universal, figurado pela serpente do gêneses. Este agente sutil, sempre ativo, sempre luxuriante de seiva, sempre florido de sonhos sedutores e inebriantes imagens; esta força cega por si mesma e subordinada a todas as vontades, quer para o bem quer para o mal”. (...) 

“De algum modo indiferente por si mesma, ela serve para o bem como para o mal; ela leva a luz e propaga as trevas; pode-se chama-la igualmente Lúcifer e Lucífugo: é uma serpente, mas pode pertencer aos tormentos do inferno como as oferendas de incenso prometidas ao céu. Para apoderar-se dela, é preciso, como a mulher predestinada, por o pé sobre sua cabeça.”Eliphas Levi – Dogma e Ritual da Alta Magia, Dogma, Cap. VI, Pág. 119 a 120; 


“Esta figura de linguagem cabalística, não obstante a sua estranha fraseologia, é precisamente a mesma que Jesus utilizava, em sua mente ela não poderia ter outro significado que não aquele atribuído pelos Gnósticos e pelos cabalistas. Mas tarde os teólogos cristãos interpretaram-na de modo diferente, e para eles ela se tornou a doutrina do Inferno. Literalmente ela significa simplesmente o que diz – A Luz Astral, ou o gerador e destruidor de todas as formas.” - Helana P. Blavatsky – Isis sem Véu, Volume I – Ciência, Cap. V, o Éter ou Luz Astral, pág. 211;













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