Por:
Adriano Soares
O SAGRADO FESTIVAL DE WESAK
Saudações ante as luzes da
Sabedoria, da Força, e da Beleza do Grande Arquiteto do Universo. O Reparador
dos mundos!
Estimados irmãos e irmãs (em
essência), venho por meio desse, conceder um presente. Na verdade uma
recomendação que se trata de uma oportunidade única para se vivenciar uma
experiência transcendente importante e tocante.
Primeiramente, para se entender os
fundamentos dessa singela recomendação irei compartilhar uma breve história, ou
melhor, uma pequena alegoria lendária.
WESAK, SUA LENDÁRIA ORIGEM
Em 2012, conheci um simpático Senhor,
pertencente a uma corrente discreta da tradição mágica oriental, o mesmo de
forma bem simples, sem querer aparentar ostentar alguma honraria me disse que
tinha recebido uma benção, e que por responsabilidades para com essa dádiva,
ele tinha como dever carregar consigo o título bobo (segundo ele) de Swami*1. Ele, um senhor que na época aparentava seus
69 anos, foi discípulo de um místico romeno conhecido pelo nome iniciatico de
Swami Sarvananda*2. Em nossa
simples conversa tecemos comentários sobre nossa juventude, e experiências com
grupos de estudos. Em determinado momento ele me contou sobre um auspicioso momento
que sempre ocorria no mês de maio (o mês vigente na época em que estávamos conversando),
e que servia para uma experiência fantástica. Esse momento ou melhor, essa
condição favorável, é conhecida até os dias de hoje pelo nome de “Festival de
Wesak”. Ao ouvir do velho tal expressão,
lembrei-me de ter antes conversado muitas vezes a respeito desse lendário festival
entre os membros componente do grupo de estudos “Estrela dos Magos” de Natal –
RN, do qual fiz parte. Bem, para encurtar essa história e chegar ao objetivo dessa
prolongada matéria, irei tentar reproduzir a história que o mesmo me contou:
“Desde os primórdios da tradição, fala-se que todos os anos, durante o período
de ocorrência astrológica que, sob o ponto de vista da astrologia ocidental,
situa-se no Plenilúnio (lua cheia) do signo de Touro, há uma variação
vibracional interpretada como uma benção ou dádiva de Deus que é concedida a
Terra. Tal benção ocorre por meio do canal sagrado da energia potencial
conhecida no oriente e também no ocidente por Bhudha, e que o mesmo tem em
parceria o apoio de seu irmão o Christos, ou como assim aludem alguns, a força
Bhudhica se direciona por meio do canal ungido (Chrístico) da força “Creadora”
que rege o reino intermediário da condição humana. É dito que esse evento especial ocorre em uma
cadeia vibratória mais precisa nos planos sutis, ou seja, nos planos supra-sensíveis.
Mas que, em paralelo, tal acontecimento sagrado também ocorre simbolicamente
dentro de círculos físicos, em cerimônias de ordens e instituições que acreditam
no poder de tal ocorrência sagrada.
Há diversos relatos sobre as experiências e visões daqueles que através
das práticas da oração em conjunto com o simples jejum e meditação conseguem vivenciar
algo único durante essa ocasião. Dentre algumas das descrições, a mais sincrônica
é sobre a manifestação visível e invisível do festival em uma região sagrada,
situada em uma pequena e hermética região que pode ser acessada por poucas
vias, sendo uma dessas situada no Tibet, perpassando os altos picos do
Himalaia, que por sua vez levam a um reino outrora chamado de Parhadesah, e
atualmente chamada de Agartha, que por sua vez tem como capital a cidade de Shambhala.
Nessa região, acessível também por meio da expansão da consciência em consonância
com o espírito do amor, é possível testemunhar um ritual único, no qual
concentra entre seus observadores seres de varias naturezas evolucionarias;
mestres, gênios, magos, iluminados conscientes e inconscientes, homens santos, lamas,
etc. Todos ali reunidos para o testemunho da plena manifestação Bhudhica
transfigurada na simbólica semblante do Gautama, ou do humilde iniciado em
postura de Lótus, que traz ao seu lado a força Cristíca em apoio e reverência. Cânticos
e luzes inexpressíveis ao comum verbo manifesto humano são fenômenos constantes
durante o momento sagrado, e o efeito sublime do acontecimento proporciona a
toda a raça humana uma profunda infusão em um campo energético contagiante e
protetor, que por sua vez mergulha a todos os seus buscadores e um oceano de
forças transmutadoras e benfazejas. Durante esse momento sagrado o adepto não
somente presencia o sagrado semblante do Bhudha como também sente sua presença
em seu coração. Conseqüentemente vem a quietude da benção concedida, todas as
esferas estrelas (chakras) se alinham vibrando sincrônica e harmoniosamente, e
seus canais (nadis) tendem a trabalhar saudavelmente, auxiliando na renovação
da cadeia celular constituinte dos seres. Eis que com isso, o silêncio do coração é irremediável,
e por alguns momentos os véus de Mayah são transcedidos, elevando a Mônada*
postulante do adepto a um momento único de Re-Encontro com a Fonte.
Por fim, eis que esta concedido. Uma benção que toca, e proporciona o
entendimento da transmutação constante. Durante
séculos, a energia Bhudhica se manifesta por meio do festival de Wesak, e a
cada ano, essa força com o auxilio de seu irmão o Christos, trabalham agem em
beneficio da humanidade. Por meio dessas duas forças, se manifestam dois
aspectos da força Divina. Uma é a Sabedoria Divina (Bhudha) e a segunda o Amor
Divino (Christos), que em Wesak se derrama sobre a humanidade em uma condição
muito mais abundante. Permitindo nesse período, maiores expansões de
consciência. Para tal, alguns adeptos e escolas em varias partes do mundo
pregam a realização do ritual de alinhamento com esse momento, afim de que com
isso os sinceros buscadores sintam conscientemente o mínimo dos mistérios do
Reino Divino”.
Bem, eis o fim da simples e
misera história contada por esse Sr. Membro de uma organização que segundo ele,
se chamava “Suddha Dharma Mandalam*3”.
RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS
Bem, para aqueles que desejam
experimentar o Festival de Wesak, segue instruções práticas com base em métodos
usados por algumas correntes místicas dos dias atuais:
Nesse sentido, um dos métodos é
através do jejum, da oração ou da meditação, seja essa ultima em grupo ou
individualmente.
Há em algumas correntes metodológicas
uma invocação, denominada de grande invocação, que por sua vez é recomendada
que seja recitada quatro vezes ao dia, no período de três dias anteriores que
antecedem ao Festival, e que seguidamente também deve ser feita dois dias após a
ocorrência do festival. Sendo recomendado recitá-la ao amanhecer do sol, em
seguida ao meio dia, depois às dezoito horas (no caso do dia do festival
recomenda-se no momento exato de seu ápice), e à meia noite.
A Grande Invocação
Para a realização dessa invocação
recomendasse que o adepto sente-se confortavelmente de preferência em posição
de Lótus, caso não se sinta bem pode ser sentado em uma cadeira com as pernas
minimamente separadas e alicerçadas no chão, com as palmas das mãos deitadas
sobre as coxas acima das rotulas dos joelhos. Começando por meio de três respirações
profundas, com tempos iguais entre aspiração e inspiração, deve-se imaginar uma
fonte de luz comparável ao botão de uma rosa branca , especificamente localizada
no centro da testa, no espaço existente entre os olhos (localização do Chacra
ajna). Após três minutos de concentração, recite em tom normal e audível a
seguinte invocação:
“Do Ponto de Luz na Mente de Deus, Flua Luz a Mente dos Homens.
A Luz Está na Terra.
Do Ponto de Amor na Coração de Deus, Flua Amor ao coração dos Homens.
Cristo Está na Terra.
Do Centro aonde a Vontade de Deus É conhecida, Guie o Propósito as
pequenas vontades dos homens. O Propósito a que os Mestres conhecem e a que servem.
Do Centro a que chamamos raça dos homens, Cumpra-se o Plano de Amor e
de Luz e mure-se a porta onde mora o mal.
Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano Divino aqui na Terra.
Agora e por toda a Eternidade.
Amém, Amém, Amém.
Assim Seja, Assim Seja, Assim Seja.
Om, Om, Om!”.
Após a invocação, mantenha-se
sereno e calmo, imagine o figura do Bhudha e do Christos, o segundo a esquerda
do primeiro. Após meio minutos recite o seguinte apelo três vezes seguida:
“Poderosa e Divina presença da Vida, Amor , Sabedoria e Poder !"
“Jorrai a essência divina do Amor na aura e no mundo de toda Emanação
de Vida sobre a Terra!"
“Iluminai toda a Humanidade ! Permiti que ela sinta o Amor Divino e a
Bem Aventurança !"
"Eu sou sempre em todas as horas a expansão do Amor e da
Bem Aventurança".
"Eu sou" feliz em ter esta consciência."
"Eu sou " buscando e sendo a ressurreição do meu ser em todas
as minhas atividades, projetos, sonhos e realizações nesta atual encarnação que
para sempre está selada na divina luz de Deus que nunca falha".
Após, deixe-se levar pelas
energias do momento, e imagaine-se saindo de seu corpo físico, em forma astral,
rumando para o centro de um grande portal de luz, que te leva a um templo, do
qual esta cheio da presença de seres que ali se reúnem para vivenciar a
manifestação e benção do Bhudha. Após, deixe que o momento, e suas condições
vibracionais atuem em sua constituição atômica. Passado alguns minutos tente
fazer o retorno para o plano da consciência em sentido inverso, antes de abrir
os olhos recite em voz audível a sentença:
“Que seja feita sempre a vontade Divina”.
Abra os olhos, e se possível procure
em seguida dormir, pois a continuação dessa experiência possivelmente se dará
de forma mais eficaz nos planos oníricos.
Observações Importantes
O festival de Wesak ocorrerá nesse
ano de 2017 no dia 10 de maio especificamente às 18:44hs (aqui no Brasil) ,
tendo como referencia uma cadeia favorável a pratica de contato com o festival
em horário diferenciado devido a impossibilidade de se conseguir seguir seu ápice
por fatores diversos, segue sugestões em consonância com a cadeia de atuação
das marés dos dos Tattwas. Esses, por sua vez se tratam de uma corrente vital
de éter ou de força (os Pranas Hindus )
que brotam do sol como um rio contínuo. Este rio é quíntuplo, e flui ao redor
de toda a nossa Terra, vitalizando sua
substancia astral ou esfera de sensação. Ou seja, os Tattwas são as correntes
ou sub-planos da Luz Astral. Acredita-se
que cada Tattwa ou corrente de força existe potentemente durante determinado
período de tempo, e que cada um desses Tattwa servem atuam em condições favoráveis
a determinados empreendimentos. Nesse caso, para se travar contato com forças
superiores, usaremos como base para canalização de nossa invocação e projeção o
Tattwa Akasha, que banhará no dia 10 de maio de 2017 os horários a descritos a
seguir. Não exponho aqui a formula de como se entender o estabelecer o
conhecimento dos horários de atuação de cada Tattwas por motivos maiores que me
impedem no momento. Mas de toda a forma, os horários descridos abaixo podem ser
seguidos a risca:
05:21hs (AM)/ 11: 24hs (AM)/ 17:21hs (PM)
19:25hs (PM)/ 21:21hs (PM)/ 23:20hs (PM)
Bem, espero que as informações contidas nessa singela matéria sejam úteis
para os propósitos da Luz!
DEI GLORIA INTACTA
___________________________________________________________________
1* A palavra Swami advêm do sânscrito: “स्वामी, Svāmi”, é um título
honorífico hindu atribuído tanto a homens quanto a mulheres. O termo significa:
"aquele que sabe e domina a si mesmo" ou aquele que é "livre dos
sentidos".
2* Svami Sarvananda era o nome místico do Sr. Georg Kritikós, nascido em
Rupea, Transilvânia (Romênia), em 22 de junho de 1922, e falecido em 18 de
abril de 1999 em Curitiba (PR). Filho de pai grego e mãe romena, aos 22 meses
sofreu pneumonia dupla, tendo sido desenganado pelos médicos. Naquele momento
recebeu a visita de um Mestre que condicionou a continuação de sua vida à
promessa de dedicá-la aos seus semelhantes, ele aceitou e obteve a cura. A
facilidade das línguas, herdada do pai, permitiu falar três idiomas usados na
região: romeno, húngaro e o alemão, o que o ajudou a se adaptar mais facilmente
aos países pelos quais passou e viveu. Logo depois da Segunda Guerra, foi
trazido pela tia materna para o Uruguai, onde se reencontrou com seu Mestre e
amigo Sevananda Svami, tornando-se seu discípulo e recebendo dele a iniciação
transmitida pelo adepto egípcio RA MAK HOTEP, anos depois estabeleceu residência
no Brasil.
Foi um dos alto
membros da Ordem dos Sarvas, da Suddha
Dharma Mandalam, e da Ordem Martinista. Em 18 de março de 2000, aconteceu o
lançamento de sua obra póstuma “Memórias (1922-1960)”, no Museu Histórico
Abílio Barreto, confirmando assim sua participação na história de Belo
Horizonte. Sarvananda publicou os
seguintes livros:
- Yoga para Crianças, excelente guia para professores de yoga que desejam trabalhar com crianças;
- Yoga em Casa, um guia perfeito para professores e pessoas que em algum momento não podem freqüentar uma escola;
- Androgonia (O que o homem é), indispensável a todos que querem embasar seus conhecimentos rumo a auto-realização.
3* A Suddha Dharma Mandalam é uma ordem depositária
da essência dos ensinamentos das tradições antigas, filosóficas e religiosas,
preservadas por uma via oriental. Nos dias atuais, devido à notória fama
atribuída a essa ordem, comparável ao que fizeram com a expressão Rosacruz,
muitas instituições aderiram ao uso do nome da ordem. Mas sabe-se entre os
meios esotéricos que poucas dessas vertentes atuantes nos dias de hoje
realmente descende da milenar Suddha Dharma Mandalam Original.