por: Adriano Soares
(Assembléia das lojas da Soberana e Independente Antiga Ordem Martinista – Martinezista, Moscou, Rússia, abril de 2013.) |
“Acusados
de sermos demônios por uns, clérigos por outros, magos negros ou alienados pela
multidão, permaneceremos simplesmente Cavaleiros ferventes do Christos,
inimigos da violência e da vingança; sinarquistas convictos, opostos a toda
anarquia de cima ou de baixo, em uma palavra permaneceremos: Martinistas” – (Papus.
Martinesismo, Willermosismo, Martinismo e Franco Maçonaria, Trad. S.C.A).
Nos anais da
história das sociedades (secretas) iniciáticas, dentre as organizações de
caráter iluminista de maior influência no mundo, encontraremos a Ordem
Martinista. Graças às suas ações, foi uma das principais organizações que
influenciaram o desenvolvimento e surgimento de demais escolas e grupos
semelhantes no Brasil e em outros países tanto da America do Sul, quanto em
todo ocidente.
I. O QUE É O MARTINISMO?
Aqueles que
pouco ouviram ou leram a cerca de tal tema, farão o seguinte questionamento:
que é Martinismo? Resumindo em palavras simples e diretas pode-se dizer que o
Martinismo é uma vertente preservada enquanto instituição, que sustenta um
pensamento místico-filosófico advindo das influências dos escritos e
ensinamentos de um místico maçom chamado Martinez de Pasqually, e de seus
discípulos Louis Claude de Saint-Martin e Jean Baptiste Willermoz. Nos estudos e trabalhos
desenvolvidos pelos adeptos do Martinismo e de sistemas correlacionados há
referenciais simbólicos e alegóricos da tradição Cristã, Judaica, e Gnóstica.
Seus aspectos filosóficos e ritualísticos também estão compreendidos em escolas
de caráter sacerdotal gnóstico e no rito maçônico conhecido como Rito Escocês
Retificado.
A escola
inicialmente estabelecida por Martinez de Pasqually atuava restritamente por
meio de um método chamado de Theurgico, ou seja, fazia uso da “Teurgia”,
palavra que etimologicamente advêm do grego theoi, "Deuses", e ergon,
"obra", que poderia ser visto como "Obra Divina" mas também
"Obra de Deus" ou "produzindo a obra dos deuses". Tal
expressão era utilizada como contraparte da expressão Teologia (Lógica de Deus),
que meramente discutia sobre Deus (ou os deuses). No caso, a Teurgia ritualisticamente
realizava a obra divina de Deus (ou dos deuses) por meio de ações tidas como
cerimoniais, objetivando uma comunhão com Deus e seus agentes
(Anjos, Arcanjos, etc), obtida através de preces, exercícios e estudos. Sendo
assim, o inicio de todos os trabalhos e estudos de Martinez de Pasqually era visto como
sendo uma prática mágica operativa e, aparentemente, externa.
Com o tempo,
foi estabelecido por meio de um dos seus mais ilustres discípulos, Louis Claude
de Saint-Martin, uma vertente prática chamada senda mística cardíaca ou, como
se referem alguns, a via do coração, sendo esta uma Teurgia Gnóstica que teve
como influência outros métodos advindos de vertentes variadas que focavam o
desenvolvimento do ser por meio de seu trabalho interno.
A expressão
Martinismo se deu em homenagem ao legado estabelecido por Louis Claude de
Saint-Martin e aparece registrada inicialmente em algumas obras do abade
místico francês Eliphas Levi (1810 - 1875), todavia foi por meio do médico
francês (nascido na Espanha) Dr. Gerard Encausse (1865 – 1916), conhecido nos
meios espiritualistas como Papus, que o Martinismo ganhou uma estrutura
ritualística organizada e de caráter moderno.
Hoje,
segundo documentos e dados contidos nas escolas (linhagens) que mantém e
propagam a filosofia Martinista, alega-se que a ordem está ligada a uma
tradição que tem raízes na Tradição Primordial, numa época em que o ser humano
tinha o privilégio de comungar livremente com a Divindade, sem intermediações.
É comum ao
estudante ou pesquisador que se debruça sobre a filosofia do Martinismo
encontrar outros termos parecidos ou até mesmo curiosamente correlacionados com
a expressão “Martinismo”, por exemplo, as expressões Martinezismo ou
Willermorzismo. Com isso surgem muitas dúvidas ou até mesmo confusões, atribuindo
o mesmo significado a várias organizações com ideais análogos e até bem
semelhantes, mas com métodos e propostas diferentes. Para esclarecer um pouco
tais questões, segue como continuação uma pequena síntese das ações e objetivos
dessas organizações irmãs e ligadas à tradição Martinista.
II. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE
AS DIFERENÇAS ENTRE MARTINISMO, MARTINEZISMO, WILLERMORZISMO E PAPUSIANISMO:
II.1. MARTINEZISMO
O
Martinezismo é uma via que trabalha com o sistema estabelecido pelo mestre maçom
Martinez de Pasqually (1710-1774), que enquanto ordem ficou conhecida pela
alcunha de "Ordem dos Cavaleiros Elus Cohen do Universo - Ordem dos
Cavaleiros Maçons, Sacerdotes Eleitos do Universo".
A Ordem foi fundada em
1754, e em seus postulados encontram-se aspectos simbólicos da tradição
hebraica, do cristianismo, e gnosticismo, além de práticas e liturgias
operativas, de natureza ditas Theurgicas. Seu sistema é até hoje visto como
herdeiro de uma tradição primordial e é alvo das mais diversas especulações. Alguns
até chegaram a associar a influências de figuras como Alessandro di Cagliostro,
e Emanuel Swedenborg.
Uma de suas literaturas centrais é o “Tratado
da Reintegração dos Seres Criados” de autoria do Próprio Pasqually. Seu sistema
pretendia despertar no centro do ser uma consciência Christica que se
manifestaria a níveis físicos ao ponto de fazer do adepto um Eleito, abençoado,
um “Real Cruz”. Para alguns dos estudantes dessa tradição, tal consciência
inicialmente se manifestava de forma peculiar e era chamada de “la Chose",
que por sua vez foi erroneamente interpretada pelos profanos como uma
manifestação semelhante aos fenômenos mediúnicos do Espiritismo. O sistema de
Martinez, se fizermos uma comparação com as terminologias utilizadas por seu
discípulo Saint Martin em sua obra “Dos Erros e da Verdade”, atua a partir do
chamado “Livro da Natureza”, através do qual o estudante usa o meio externo
para travar contato com o plano arquetípico (divino) e com isso alcançar a
comunhão com as forças superiores.
Para Saint
Martin o sistema de seu mestre Martinez não era algo que se adequava a todos os
tipos de estruturas psíquicas, por isso Saint Martin percebeu que antes se
fazia necessário uma estruturação e firmação de uma base no coração de cada
buscador e, conforme suas condições, o mesmo iria despertar a consciência aos
poucos e assim transcender em um processo íntimo, no qual o Christus seria
desperto, reconciliando e reparando a natureza da parcela adâmica
individualizada, tirando o ser da condição de “Torrente”, dando-o a segurança
da sincera “Vontade” e levando-o ao “Ministério do Homem Espírito”. Ou seja,
não muito diferente do que Levi dizia em relação aos quatro verbos divinos da
Magia: “Saber, Ousar, Querer, e Calar”.
II.2. MARTINISMO
O
Martinismo é um sistema que se baseia nos postulados e métodos do mestre filósofo
francês Louis Claude de Saint-Martin (1743-1803) que, em seus primórdios, fora
conferido a um círculo restrito de seus amigos e escolhidos de confiança. Há forte
influência de várias correntes místicas, valendo destacar três em especial, os
escritos e postulados do filósofo teutônico Jakob Böehme; a corrente preservada
pela tradição ortodoxa e bizantina conhecida como Hesicasmo, que também
influenciou grandes mestres, dentre os quais cita-se Jeanne Marie Bouvier de La
Motte (Madame Guyon); e os próprios ensinamentos dos “Elus Cohen” de Pasqually.
Vale
ressaltar que segundo o que é passado sobre a história da organização
estruturada com a alcunha de Ordem Martinista, o único legado de Saint Martin deixado
para seus amigos se tratava de uma iniciação simbólica em forma de benção, uma
sagração resumida em um ato singelo mas poderoso, que astralmente conferia aos
abençoados uma fortificação na vontade para assim alcançar a comunhão. Tal
benção, não menos importante que algumas cerimônias dotadas de artifícios e
paramentos, se resumia em apenas alguns toques, pontos, e duas letras. Foi
graças a esse poderoso e tão singelo legado que o que conhecemos por Martinismo
Moderno pôde surgir e se reformular. Tais como os ensinamentos dos Cohen, nos
escritos de Saint Martin podemos encontrar peculiaridades que se enquadram em
interpretações sob a ótica da Cabala, Cristianismo Primitivo e até mesmo do
Gnosticismo.
II.3. WILLERMORZISMO
O
Willermorzismo é a vertente baseada nos postulados do discípulo de Pasqually,
Jean Baptiste Willermoz (1730-1824), que por sua vez chegou a ser um dos
membros do alto conselho dos “Elus Cohen”. Sua obra “O Homem-Deus” é tida por
alguns estudiosos como uma das teses manifestas por sua condição de “Real
Cruz”, inspirado pelo contato sutil com “la Chose". De forma semelhante
atribuem tal importância à obra “Dos Erros e da Verdade” de Saint Martin. Nos
métodos empreendidos pelo sistema de Willermoz encontramos diversas
influências, dentre estas temos os pensamentos e sistemas de Pasqually, Joseph
de Maistre, Saint German, Cagliostro, Dom Pernety, Salzman, e também de
diversos ocultistas, franceses, italianos, alemães, etc.
O sistema
de Willermoz teve maior destaque na Maçonaria. Tornou-se o primeiro Grão-Mestre
das Lojas Regulares de Lyon, foi o estruturador e criador do Rito Escocês Retificado,
estabelecido tendo como grande influencia três significativas vertentes: o
antigo Rito de Heredom; os postulados do Rito da Estrita Observância Templária
(de onde veio a surgir os Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa, por meio da
convenção celebrada em Wilhelmsbad em 1782); e o próprio sistema difundido pelo
seu mestre Pasqually.
Uma história curiosa que é levantada
por alguns, é que Leon Hyppolite Denizart Rivail, conhecido popularmente por
Allan Kardec, o codificador da doutrina espírita, supostamente foi membro da
Grande Loja Escocesa de Paris, mas que antes teria recebido as “Luzes” da
iniciação em uma loja de Lyon, na qual tinha como Grão Mestre Willermoz. Já a
escritora Mme. Calude Varèze, em sua obra “Os Grandes Iluminados” (Paris,1948)
vai um pouco mais além e diz que Kardec teria sido iniciado aos Elus Cohen por
Willermoz. Por mais que essas suposições não passem de teorias, tal não isenta
a possibilidade de que tenha havido um encontro entre Kardec e Willermorz.
II.4. PAPUSIANISMO
Tal
sistema é pouco referenciado pelo termo de Papusianismo, tendo em vista que seu
método se baseia em um conglomerado de influências que buscam, por meio do
casamento harmônico entre a Teurgia operativa - advinda da Elus Cohen de
Pasqually - e a prática da Via do Coração - via benção/sagração dos iniciados
por Saint Martin, despertar a consciência do ser rumo ao que nos postulados do
Martinismo é chamado de “Reintegração”. Tal linha de atuação é vista como o
“Martinismo Moderno”, sendo que o mesmo tem como herança iniciática as duas
correntes principais citadas anteriormente e algumas outras correntes de
influência filosófica e intelectual. A expressão Papusianismo é usada em alusão
à figura do mestre Dr. Gerard Encausse (1875-1916), mais conhecido nos meios ocultistas
pelo pseudônimo de Papus, um célebre médico, químico, alopata, homeopata,
taumaturgo, astrólogo, quiromante, maçom, etc.
Papus foi
o primeiro Soberano Grande Mestre da Ordem Martinista, de 1888 até a sua morte
em 1916, tendo recebido em 1882 a livre iniciação de um senhor chamado Henri
Delaage (que teria sido um membro do Conselho Supremo original da Sociedade dos
Íntimos de Saint Martin, e que teria falecido após conferir-lhe as chaves da
iniciação). Ao travar contato com outros supostamente detentores da mesma
linhagem, dentre eles Pierre Augustin Chaboseau, o Dr. Encausse resolveu fundar
uma Ordem Iniciática, que seria uma reestruturação da tradição de Louis Claude
de Saint-Martin utilizando em sua homenagem a expressão “Martinismo”.
Vale
salientar que, alguns estudiosos defendem que o termo Martinismo foi pela
primeira vez citado e utilizado por Papus e Chaboseau, doravante muito antes
encontramos tal nomenclatura e referência nas obras de Eliphas Levi (Dogma e
Ritual de Alta Magia; e História da Magia), e na obra Zanoni de Sir Edward Bulwer
Lytton.
O sistema martinista moderno estabelecido por Papus alegava para si uma corrente iniciática tradicional fortificada por três iniciações recebidas pelo Dr. Encausse, sendo a primeira dada pelo Sr. Delaage, a segunda para fortifica e sanar o vácuo da árvore inciática de Delaage, que era um mistério, foi dada por Chabosea, e a terceira dada por Gregory Otthovich von Mebes no Soberano Capítulo Apolônio de Thiana de São Petesburgo - Rússia (entre os anos de 1904/1905).
Portanto o sistema Martinista/Papusiano, como dito anteriormente, é baseado em duas cadeias iniciáticas principais: Elus Cohen; a Sociedade dos Íntimos de Saint Martin; e também influenciada intelectual e filosoficamente por meio dos escritos e ensinamentos de Eliphas Levi, Saint-Yves d´Alveydre, Fabre d´Olivet, Louis Lucas, e o mestre Philippe de Lyon - este último, tanto de forma espiritual como devocional. Para uma melhor dinâmica e funcionamento, a ordem adotou posturas de caráter organizacional (com parâmetros, instrumentos, sinais, toques, e ferramentas) semelhantes aos que eram praticados e utilizados por ordens como a Maçonaria e a Rosa+Cruz.
A ordem
Martinista de Papus é uma organização que desde sua estruturação pretende
trabalhar as duas vias, a chamada senda Cardíaca como foco, e a Theurgica como
secundaria e fortificadora das intenções sinceras de seus adeptos. Vale
salientar que, dentre as ordens martinistas pós Papus, em exceção às demais
existentes, a única que diz ter retirado de sua metodologia o conteúdo
operativo Theurgico foi a Tradicional Ordem Martinista - TOM, mantida
administrativamente pela Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz - AMORC. Enfim, o que conhecemos como
martinismo moderno só nos foi legado graças ao empreendedorismo iniciático de
Papus e de seus continuadores, ardorosos cavaleiros do Martinismo.
III. O QUE É ESTUDADO NO MARTINISMO
MODERNO?
O presente conteúdo se trata de um enxerto do
livro “ABC do Ocultismo, de Papus”. Retirado da tradução da edição da Sociedade
das Ciências Antigas (SCA) publicada pela Editora Martins Fontes.
Para o martinista, é inútil
demorar-se sobre o começo dos estudos psíquicos. Enquanto os homens da ciência
ou os chamados espíritos "positivos" que se iniciam nos estudos do
Ocultismo passam a maior parte de seu tempo tentando saber se os fenômenos de
magnetismo e mediunidade são exatos, o martinista considera isso como dado.
Deixa aos outros, portanto, essas
discussões infantis sobre a boa fé dos médiuns e sobre o adormecimento real dos
sujeitos: ocupa-se com problemas mais elevados. O que os martinistas precisam
é, primeiro, uma ideia geral do Ocultismo, em suas duas principais tradições, a
do Ocidente, ou cabalística, e a do Oriente, ou sânscrita, ambas, aliás,
oriundas do antigo Egito.
A seguir, precisam de ferramentas
positivas para investigar as ciências antigas, de modo que possam verificar os
nomes próprios e as palavras sagradas empregadas. Essas ferramentas são as
línguas sagradas da Antiguidade ou, antes, seus primeiros elementos, para poder
verificar cada termo em um dicionário. O martinista deverá, portanto, estudar
três alfabetos:
1.
o alfabeto hebreu;
2.
o alfabeto sânscrito (devânagari);
3.
o alfabeto egípcio.
Uma vez de posse desses instrumentos,
deverá aplicá-los ao estudo da Cabala e do Hermetismo, depois ao estudo do
Simbolismo e da Franco-maçonaria em seus diversos ritos. Aí então o martinista
estará em condição de aplicar seus conhecimentos, agindo no plano invisível. O
Misticismo, a Teurgia e a Psicurgia deverão atrair particularmente sua atenção.
Os livros não são mais do que instrumentos destinados a dirigir a meditação
cerebral e preparar a digestão e a assimilação intelectuais.
A seguir, damos um modelo do ciclo de estudos, que poderá
ser modificado por cada estudante e servirá de guia geral. Cada ciclo pode
compreender um mês, de modo que os estudos completos podem ser realizados em
dezoito meses. É claro que esse ciclo pode ser aumentado ou diminuído pelo
estudante, conforme sua rapidez de compreensão ou seus estudos anteriores.
I.
1.
História das raças humanas,
tradições, etc.
2. Teoria geral e Filosofia
(Saint-Martin, Saint-Yves d'Alveydre, etc.).
3.
Uma língua sacra: hebreu.
4.
Psicurgia (primeiros elementos
práticos).
II.
1.
História e simbolismo (Sociedades
secretas e Maçonaria).
2.
A Cabala.
3.
Uma língua sacra: o sânscrito.
4.
A Magia e as adaptações (Hipnotismo,
Magnetismo, Orações).
III.
1.
História da Alquimia e da Rosa-Cruz
(Martinismo).
2.
As religiões do Oriente: Budismo,
Bramanismo e Taoísmo.
3.
Uma língua sacra: o egípcio.
4. O Espiritismo: sua transformação
desde a Antiguidade; sua adaptação.
IV.
1.
Os Cultos e seu esoterismo em todas
as religiões.
2.
A antiga iniciação no Egito; a
Pirâmide e o Templo.
3.
O Hermetismo; A Alquimia; A
Astrologia; O Arqueômetro.
4. A Maçonaria prática: constituição de
um rito; as diversas adaptações sociais.
IV. RECOMENDAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:
Freqüentemente
encontro irmãos ou irmãs que, por determinados interesses, perguntam sobre
quais obras poderiam ter uma noção introdutória ao que é estudado e trabalhado
pela filosofia reintegrativa do Martinismo. Nesse
sentido, para quem nunca se prontificou à leitura de algo no estilo de Louis
Claude de Saint-Martin, Jakob Böehme, Jean-Baptiste Willermoz, Martinez de
Pasqually, e até mesmo Eliphas Levi e outros que surgiram influenciados pelo
romantismo místico filosófico do final do século XVIII, possivelmente terão
algumas dificuldades em entender suas obras.
Aproveitando a deixa, compartilho com os irmãos uma lista de obras que creio serem úteis aos que procuram entender introdutoriamente um mínimo da filosofia martinista e a sua vasta abrangência literária. Deixo claro que o próprio Martinismo evidencia que o verdadeiro caminho para alcançar a Grande Obra encontra-se no próprio homem, e não em livros de papel ou mestres externos. Essa lista trata-se de uma recomendação aos que estão iniciando ou que se interessam pelo Martinismo, filiados ou não a uma linhagem martinista.
Aproveitando a deixa, compartilho com os irmãos uma lista de obras que creio serem úteis aos que procuram entender introdutoriamente um mínimo da filosofia martinista e a sua vasta abrangência literária. Deixo claro que o próprio Martinismo evidencia que o verdadeiro caminho para alcançar a Grande Obra encontra-se no próprio homem, e não em livros de papel ou mestres externos. Essa lista trata-se de uma recomendação aos que estão iniciando ou que se interessam pelo Martinismo, filiados ou não a uma linhagem martinista.
IV.1. LISTA:
1 – Tratado Elementar de Ciência
Ocultas (Volumes I e II) – Autor: Papus – Editora: Três;
2 - O Martinismo: História e Doutrina – Autor: Robert Ambelain – Tradução da Sociedade das Ciências Antigas (disponível em PDF);
3- Martinezismo, Willermozismo, Martinismo e Franco maçonaria – Autor: Papus, – Tradução da Sociedade das Ciências Antigas (disponível em PDF);
4- ABC do Ocultismo – Autor: Papus – Editora: Martins Fontes;
5- Os Arcanos Maiores do Tarô – Autor: G.O. Mebes - Editora: Pensamento;
6 - Introdução ao Pensamento Filosófico de Saint Martin e Jacob Boehme - Autor: Adílio Jorqe Marques – Editora: Sapere;
7- Tratado Elementar de Magia Pratica – Autor Papus - Editora: Pensamento;
8 - Ritual da Ordem Martinista – Autor: Téder - Editora: Incógnito;
9 - Sursum Corda – Autor: Xavier Cuvelier-roy – Editora: AMORC;
10 - Temas de Ocultismo Tradicional – Autor: Sar Percival - Tradução da Sociedade das Ciências Antigas (disponível em PDF);
11 – Zanoni – Autor: Edward Bulwer-Lytton – Aditora: AMORC;
12 - História Filosófica do Gênero Humano – Autor: Antoine Fabre D'Olivet – Editora: Ícone;
13 - Teodiceia psíquica - Os princípios psíquicos de bem e mal no paradigma junguiano e sua discussão no midrash judaico-cristão de Martines de Pasqually - Autor: Ivan Correa – Editora Incógnito;
2 - O Martinismo: História e Doutrina – Autor: Robert Ambelain – Tradução da Sociedade das Ciências Antigas (disponível em PDF);
3- Martinezismo, Willermozismo, Martinismo e Franco maçonaria – Autor: Papus, – Tradução da Sociedade das Ciências Antigas (disponível em PDF);
4- ABC do Ocultismo – Autor: Papus – Editora: Martins Fontes;
5- Os Arcanos Maiores do Tarô – Autor: G.O. Mebes - Editora: Pensamento;
6 - Introdução ao Pensamento Filosófico de Saint Martin e Jacob Boehme - Autor: Adílio Jorqe Marques – Editora: Sapere;
7- Tratado Elementar de Magia Pratica – Autor Papus - Editora: Pensamento;
8 - Ritual da Ordem Martinista – Autor: Téder - Editora: Incógnito;
9 - Sursum Corda – Autor: Xavier Cuvelier-roy – Editora: AMORC;
10 - Temas de Ocultismo Tradicional – Autor: Sar Percival - Tradução da Sociedade das Ciências Antigas (disponível em PDF);
11 – Zanoni – Autor: Edward Bulwer-Lytton – Aditora: AMORC;
12 - História Filosófica do Gênero Humano – Autor: Antoine Fabre D'Olivet – Editora: Ícone;
13 - Teodiceia psíquica - Os princípios psíquicos de bem e mal no paradigma junguiano e sua discussão no midrash judaico-cristão de Martines de Pasqually - Autor: Ivan Correa – Editora Incógnito;
________________________
Após a leitura de algumas dessas obras, o estudante já poderá iniciar de forma mais proveitosa um estudo inicial das seguintes obras de Pasqually, Saint Martin, Jakob Böehme, e Willermoz:
Dos Erros e da Verdade – Autor: L.C. Saint-Martin – Editora: AMORC;
O Homem Deus- Autor : J.B. Willermoz – Editora: AMORC;
Jakob Böhme: O príncipe dos filósofos – Editora: AMORC;
---------------------O Caminho da Iluminação - Attar Editorial;
Martines de Pasqually - Tratado da Reintegração dos Seres Criados.
___________________________
Após a leitura de algumas dessas obras, o estudante já poderá iniciar de forma mais proveitosa um estudo inicial das seguintes obras de Pasqually, Saint Martin, Jakob Böehme, e Willermoz:
Dos Erros e da Verdade – Autor: L.C. Saint-Martin – Editora: AMORC;
O Homem Deus- Autor : J.B. Willermoz – Editora: AMORC;
Jakob Böhme: O príncipe dos filósofos – Editora: AMORC;
---------------------O Caminho da Iluminação - Attar Editorial;
Martines de Pasqually - Tratado da Reintegração dos Seres Criados.
___________________________
OBS* A seqüência de leitura dos livros fica ao critério de cada um.
V. PERSONALIDADES
DE CARÁTER PÚBLICO QUE SUPOSTAMENTE TIVERAM LIGAÇÃO COM A TRADIÇÃO MARTINISTA:
Jacques Cazotte - Escritor e filosofo francês (1719 – 1792) |
Honoré de
Balzac – Escritor francês (1799 – 1850)
|
Alexandre
Dumas - Escritor francês (1802 – 1870)
|
Victor Hugo - Escritor francês (1802 – 1885) |
Claude
Debussy - Músico e compositor francês (1862 – 1818)
|
Octave Denis
Victor Guillonnet – Celebre Pintor francês (1872 – 1967)
|
Nikolái Alieksándrovich Románov, (Nikoláu II) - Czar da Rússia (1869 – 1918) |
Vitória Alice Helena Luísa Beatriz de Hesse (Alexandra Románov) - Czarina da Rússia (1872 – 19180) |
Angelo
Giuseppe Roncalli - Papa João XXIII - (1881 - 1963)
|
VI. REFERÊNCIAS
AMBELAIN,
Robert. O Martinismo: História e Doutrina. Tradução da Sociedade das Ciências Antigas (disponível
em PDF);
FRÈRE,Jean-Claude. Vida e mistérios dos Rosa+cruzes. Ed. Pensamento;
LEVI,
Eliphas. Dogma e Ritual da Alta Magia. Ed. Pensamento;
___________História
da Magia. Ed. Pensamento;
___________Os
Paradoxos da Sabedoria Oculta. Ed. Pensamento;
LYTTON,
Edward Bulwer. Zanoni. Ed. AMORC;
PAPUS.
Tratado Elementar de Ciências Ocultas. vol. I & II. Ed. Três;
______Tratado
Elementar de Magia Pratica. Ed.Pensamento;
______Martinesismo,
Willermosismo, Martinismo e Franco Maçonaria. Trad. S.C.A;
PLANETA
Nº 24, Revista. O mago das ciências ocultas. Ed. Três;
SABLÈ,
Erick. Dicionário dos Rosa-cruzes. Ed. Madras;
TELES,
Fídias. Estudos de Parapsicologia. Ed. Berthier.
Hermanubis Martinista - http://www.hermanubis.com.br
AMO+PAX
- http://orobas.blogspot.com
Sociedade
das Ciências Antigas - http://www.sca.org.br
O martinismo Russo - http://rosacruzes.blogspot.com/2009/09/o-martinismo-russo.html
Ocultura
- http://www.ocultura.org.br/index.php/Papus
Olá!
ResponderExcluirExcelente artigo, usei como fonte em:
https://mariadesvelada.blogspot.com.br/2017/12/martinismo-graus-e-ensinamentos.html
Grato!!
Um perfeito esclarecimento pra quem busca os caminhos para o Martinismo. 🙏
ResponderExcluirlegal, porém não consigo encontrar um lugar aberto para esses estudos, parece que se faz um grande mistério em volta disso, nos tempos em que obras como O crocodilo, se encontram para venda em sites e outros, não vejo o porque de não deixar uma pessoa comum sem relação com a maçonaria buscar estes ambientes e obras.
ResponderExcluirPrezado, os postulados da tradição martinista está além da doutrina maçônica! O texto acima deixa isso bem evidente! Sobre o conhecimento que ela promulga, é aberto aos que desejam encontrar, mas para isso, se faz minimamente necessário “buscar”. Nesse caso, friso a relação de títulos acima descritos na matéria. Agora....se o que desejas é o acesso às bases da organização em sua estrutura iniciática, então recomendo que busque um de seus muitos ramos! Para se estudar e viver o que prega o martinismo não é necessário estar vinculado a maçonaria, na verdade, é distinto, até mesmo para entrar em uma Ordem Martinista não precisa ser maçom! Como dica, há um ramo martinista muito sério, e que considero um dos mais interessantes que existem hoje no brasil, segue o link do site deles: https://filosofosdesconhecidos.com.br/
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